O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998 para medir o conhecimento de estudantes que concluem o ensino médio. Ao longo dos anos, o Enem passou por várias modificações e, a partir de 2004, a prova passou a ser utilizada como ferramenta para ingresso em instituições do ensino superior. Hoje, o Enem é o maior exame educacional do Brasil, levando milhões de estudantes de todo o país a realizarem suas provas todos os anos. Para avaliar as provas, o Enem utiliza um sistema próprio de avaliação. Se você ainda não conhece ou não sabe como funciona direito, acompanhe a leitura que vamos te mostrar como é calculada a nota do Enem.
Como é a prova do Enem
Ao todo, os alunos respondem 180 questões objetivas dividas em duas provas, sendo 45 por prova, e produzem uma redação dissertativa-argumentativa. As provas são realizadas em dois domingos consecutivos. No primeiro, os estudantes têm que responder questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias, e fazer a Redação. Já no segundo domingo, as questões têm conteúdos ligados às Ciências da Natureza suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Normalmente, o gabarito oficial é disponibilizado no site do Inep três dias depois da aplicação das provas e a pontuação definitiva dois meses depois.
Como é calculada a nota do Enem
As notas são calculadas pelo Inep que utiliza o sistema de avaliação Teoria de Resposta ao Item (TRI), que é capaz de analisar as questões que o estudante respondeu corretamente e dar um peso específico para cada acerto.
Funciona assim, as perguntas são dividas em três grupos diferentes sendo: fáceis, médias e difíceis. Não é possível saber em qual categoria cada questão se encaixa porque esse nível só é fechado pela banca do Enem quando os cartões-resposta estão sendo corrigidos. As questões que os candidatos mais acertaram entram no grupos da fáceis, tendo uma pontuação mais baixa. As que tiveram uma média de 50% de acertos entram na categoria das médias, e as que tiveram menos acertos são consideradas difíceis, tendo um valor maior.
O algoritmo consegue analisar as respostas do aluno pelo padrão de erros e acertos e considera que se ele errou muitas perguntas fáceis e acertou muito difíceis, isso é estatisticamente improvável, deduzindo assim, que ele chutou. Logo, a média do aluno cai. Dessa forma, a nota final não depende da quantidade de acertos que o aluno teve, mas sim do nível de dificuldade das questões que ele acertou e errou.
Por que o Enem usa o TRI?
Um dos motivos pelo qual o Enem utiliza o TRI é para poder avaliar o desempenho de um grande número de participantes. Se a contagem de pontos fosse baseada somente entre certo e errado a quantidade de alunos empatados seria imensa.
Outro motivo que o TRI é utilizado é para evitar que o aluno use da sorte para responder às questões. Sendo assim, reforça-se a cultura de que para ter um bom desempenho é necessária uma boa preparação, ler com calma e atenção cada questão. E não apenas chutar.
Deu para entender melhor como é calculada a nota do Enem? Não é preciso ter medo do TRI porque para quem se preparou e estudou de verdade ele será o seu melhor aliado para mandar bem na prova!
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